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Título:  
  O horror e o grotesco na psicologia – a avaliação da psicopatia através da escala Hare PCL-R (Psychopathy Cheklist Revised)
Autor:  
  Lia Toyoko Yamada   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UFF/PSICOLOGIA
Área Conhecimento  
  PSICOLOGIA
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2009
Acessos:  
  2.526
Resumo  
  O presente trabalho tem como objetivo problematizar um instrumento proposto para avaliação do grau de psicopatia presente na população prisional: a Escala Hare PCL-R (Psychopathy Checklist Revised) de Robert Hare. A análise será realizada a partir de uma perspectiva ética e epistemológica de ciência com base em ferramentas tomadas de empréstimo da Análise Institucional e da genealogia de Michel Foucault e de aliados que possam pensar a ciência e seus instrumentais situando-os numa rede social que; longe dos pressupostos de neutralidade e de separação entre ciência e cultura; localizam-se no mesmo plano. A despeito do PCL-R ter sido apresentado como solução para o exame criminológico e; apesar das promessas de cientificidade e objetividade; o uso do PCL-R no contexto prisional serve como um instrumento efetivo de sanção e exclusão e colabora para fundamentar ações de controle social e normatização da população. Além disso; o PLC-R viola os princípios fundamentais previstos no Código de Ética Profissional do Psicólogo; como também rejeita as responsabilidades e compromissos da profissão no respeito e na promoção da “liberdade; da dignidade; da igualdade e da integridade do ser humano; apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.” Assim; tomaremos os constructos teóricos utilizados pelo PCL-R; como psicopatia e crime; não como verdades atemporais e sim como categorias construídas historicamente. O recurso à história e análise das relações de poder imbricadas em determinado campo de saber irá revelar as condições para a sua emergência; como também as correlações de forças entre saberes; práticas e instituições que se atualizam no presente. Faz-se necessário; para abordarmos tais questões; apontar algumas forças sociais e políticas que favorecem a manutenção de um status quo; - a sociedade disciplinar; o biopoder; a sociedade de segurança; a política de “tolerância zero” e a tendência atual de encarceramento em massa da população; através do diálogo com autores como Loic Wacquant; Michel Foucault e outros teóricos. Estabeleceremos relações com saberes e práticas que se articularão à Psicologia e que irão contribuir para a patologização de condutas chamadas criminais; a saber; a Criminologia Positiva; a Teoria da Degenerescência e a Psiquiatria Biológica. Em articulação com tais saberes; o exame e a perícia serão abordados enquanto técnicas privilegiadas de controle social.
     
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