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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
1,98
MB
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Título: |
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Gasparzinho vai à escola: um estudo sobre as características do aluno com altas habilidades produtivo-criativo |
Autor: |
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Susana Graciela Pérez Barrera Pérez
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Categoria: |
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Educação |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[ea] Edição do Autor
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Instituição:/Programa |
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PUCRS |
Área Conhecimento |
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EDUCAÇÃO |
Nível |
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Mestrado
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Ano da Tese |
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2004 |
Acessos: |
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1.514 |
Resumo |
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Esta pesquisa quanti-qualitativa, mais do tipo estudo de caso, buscou encontrar as característi-
cas específicas de alunos com indicadores de Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD) pro-
dutivo-criativos, em oito turmas de sétima série ou ano-ciclo equivalente de duas escolas de
um bairro de classes populares de Porto Alegre. As Questões Norteadoras foram: a) O índice
encontrado no Estudo de Prevalência da ABSD-RS se mantém nas escolas investigadas?; b)
Quais as percepções dos alunos com indicadores de AH/SD produtivo-criativos pelos seus
professores e responsáveis (pais, mães e/ou familiares mais próximos)?; c) Quais as seme-
lhanças e diferenças nas características específicas dos participantes com Altas Habilida-
des/Superdotação nas escolas investigadas?; e d) Quais as características específicas dos par-
ticipantes com AH/SD do tipo produtivo-criativo nas escolas investigadas? A partir de 160
questionários iniciais, de questionários respondidos pelos pais e professores de 57 alunos e
por 6 professores de atividades externas, de 42 fichas de verificação respondidas por 14 pro-
fessores de todas as turmas e, finalmente, de 19 entrevistas semi-estruturadas realizadas com
alunos, além de outras informações coletadas em conversas informais e observações em cam-
po, foram identificados 12 alunos com indicadores de AH/SD, que representam 7,5% dos 160
alunos iniciais, próximo dos 7,78% encontrados em pesquisa anterior da ABSD-RS, respon-
dendo afirmativamente à primeira Questão Norteadora. Dentre eles, escolheram-se 6 que ti-
nham características mais acentuadas do tipo produtivo-criativo (Gasparzinhos- G) e 3 do tipo
acadêmico (Fantasminhas acadêmicos- FA), segundo a tipologia proposta por Renzulli. A a-
nálise quantitativa (dos questionários) e qualitativa (da Análise de Conteúdo das entrevistas)
destaca respostas às Questões Norteadoras: A percepção das características dos Gasparzinhos
(maior concordância entre alunos e pais; a percepção mais negativa dos professores); seme-
lhanças nas características específicas dos participantes com AH/SD, como leitura precoce;
características de aprendizagem superiores à média; motivação/envolvimento com a tarefa, li-
derança e planejamento; indicadores de persistência e responsabilidade; relações de amizade
com outras Pessoas com AH/SD; e diferenças, como maior número de meninos que meninas
(G) e de meninas que meninos (FA); idade média e volume de livros lidos maior (G); maior
variedade de áreas de destaque, com predomínio das áreas vinculadas às inteligências corpo-
ral-cinestésica e espacial (G) e à área lógico-matemática (FA); predomínio de notas médias
(G) e altas (FA); maior incidência de características de criatividade e comunicação (G); estilos
de aprendizagem, formas de estudar e solucionar problemas. Além das diferenças acima men-
cionadas, as principais características específicas (G) incluem tolerância a ambigüidade, capa-
cidade de lidar com informações conflitantes, flexibilidade e capacidade acima da média na
área interpessoal, a alegre quietude em movimento, o expressivo interesse por problemas so-
ciais, políticos e econômicos, interação entre os diferentes canais de entrada do conhecimento
(auditivo, visual e cinestésico) e extrema valorização das relações interpessoais. Como reco-
mendações, sugere-se escutar com muita atenção as palavras, os gestos e os silêncios dos
Gasparzinhos; aprofundar pesquisas (longitudinalmente) para compor um perfil deste tipo de
aluno, com subsídios necessariamente inter e multidisciplinares, dada a variedade de áreas e
combinações delas nas quais pode apresentar AH/SD; elaborar instrumentos de identificação
específicos para pessoas com AH/SD, em especial para os G; ofertar oportunidades e flexibi-
lizar estratégias pedagógicas inclusivas que contemplem suas necessidades; proporcionar
formação permanente, continuada e em serviço aos professores, orientação às famílias e escla-
recimentos mais amplos e difundidos (meios de comunicação) para que a sociedade atenda
adequadamente os alunos com AH/SD e garanta que normas, regras e leis deixem de ser sig-
nos apenas e passem a ter e dar significado.
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