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Título:  
  A lei 10.639/03 e o ensino de artes nas séries iniciais: políticas afirmativas e folclorização racista
Autor:  
  Jair Santana   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UFPR/EDUCAÇÃO
Área Conhecimento  
  EDUCAÇÃO
Nível  
  Doutorado
Ano da Tese  
  2010
Acessos:  
  250
Resumo  
  Esta tese discute "A Lei 10.639/03 e o ensino de artes nas séries iniciais: políticas afirmativas e Folclorização racista". Analisa a implementação da obrigatoriedade legal do ensino da Cultura Afro-Brasileira e Africana na escola; promulgada em 2003; no que tange especificamente ao ensino de Arte; em Escolas Públicas de um Município do Estado do Paraná. Entende-se que a teorização decorrente do diagnóstico desta implementação; dialeticamente; possa vicejar algumas possíveis formas de transformação desta realidade e contribuir para que as diferenças culturais sejam respeitadas; aprendidas e vistas como riquezas dos grupos humanos. Desse modo; as ideias; os fatos de como os sujeitos participam das investigações; interagindo de forma a expressarem seus sentimentos; trazem à tona o valor da reflexão da subjetividade como um relevante componente da importância da pesquisa. O pesquisador apresenta-se como parte integrante da pesquisa e num esforço busca responder "como me tornei o que sou?". Assim; ao identificar-se com a própria realidade vivida; o pesquisador; por meio da interação entre realidade observada (o campo) e a teoria (a ciência); tonifica o seu foco e estabelece um processo de construção do conhecimento; ampliando a visão de mundo muitas vezes pouco percebida pelos (as) pesquisados (as). A presente tese aborda: (a) a Lei n.º 10.639/03; que estabelece a obrigatoriedade do Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nas escolas – o que na opinião de vários estudiosos; desde a própria relatora do processo; Professora Beatriz Petronilha Silva; deveria vir a constituir-se como um importante diálogo; uma contribuição da Escola no desenvolvimento de uma pedagogia antirracista e antipreconceito; e (b) da forma como tem sido desenvolvido o trabalho de implementação; após sete anos de vigência da referida Lei; em escolas municipais nas séries iniciais; responder às seguintes questões: 1) como a Lei está sendo implementada; conforme os professores da disciplina de Arte de escolas públicas de um município paranaense; e 2) de que maneira contribui para a pedagogia antirracista a forma como tem se dado esta implementação na disciplina de Arte. A questão suscitada; portanto; é a de analisar o que está e o que não está sendo ensinado nas escolas; como decorrência da Lei; e de que formas isso se dá; na perspectiva dos professores responsáveis por esta implementação. Partindo do plano discursivo das respostas; obtidas em conversas gravadas; para efeito de análise; inferiu-se que os dados empíricos obtidos permitem defender a seguinte tese: a implementação que hoje se dá na disciplina de Artes para as séries iniciais do município analisado pode ser caracterizada como uma "folclorização racista"; cujas consequências alimentam a afirmação do preconceito ao invés de seu combate; como é o objetivo das Políticas Afirmativas. Este argumento remonta em sua causa; ora oculta; ora revelada; à total ignorância de consciência e de atitude em relação ao negro e sua cultura; bem como à naturalização pejorativa com ou sem intenção de fazê-lo das características culturais e de aparência nos espaços escolares. Toda esta preocupação geradora da pesquisa; no caso do autor do trabalho; é umbilicalmente atravessada pela história de vida de alguém que um dia na condição de negro; órfão e pobre; constitui por si mesmo representação icônica da população de crianças negras vítimas do preconceito e da discriminação; cuja Lei n.º 10.639/03 pretende defender.
     
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