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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
685,34
KB
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Título: |
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Memórias de infância de professoras da educação infantil: gênero e sexualidade |
Autor: |
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Míria Izabel Campos
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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UFGD/EDUCAÇÃO |
Área Conhecimento |
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EDUCAÇÃO |
Nível |
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Mestrado
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Ano da Tese |
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2010 |
Acessos: |
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137 |
Resumo |
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Esta dissertação teve o propósito de investigar como professoras da Educação Infantil
vivenciaram/construíram concepções de gênero e sexualidade nas diversas relações
interpessoais, nos espaços privado e público, quer sejam, família, amigos, vizinhos, escola,
igreja. Como foram educadas e cuidadas para corresponder aos comportamentos “ditos” de
meninas, conforme padrões sociais e históricos dominantes e impostos. O argumento foi que a
infância é uma construção histórica, cultural, social e fase significativa da vida humana.
Período de formação de conceitos e concepções que poderão influenciar na forma como se
estabelecerão as relações, posteriormente, na vida adulta. Para desenvolver o estudo
utilizaram-se como fontes privilegiadas as memórias de infância de cinco professoras,
nascidas em Dourados, estado de Mato Grosso do Sul, formadas Pedagogia, que atuam junto
às crianças de zero a cinco anos, nos Centros de Educação Infantil Municipal e Centros de
Educação Infantil da cidade. A metodologia partiu da pesquisa bibliográfica e baseou-se em
autores que discutem a infância, a Educação Infantil e as relações com as temáticas de gênero
e sexualidade. Na produção de documentos, utilizando a História Oral Temática, foram
registradas as memórias de infância através de entrevistas semi-estruturadas. As análises
desenvolvidas evidenciaram que os aprendizados das professoras acerca de tais temáticas
foram permeados por silêncios, dúvidas, medos, constrangimentos, vergonha. Ficou
perceptível uma relação próxima e cotidiana com as mães e que a educação e o cuidado das/os
filhas/os ficava a cargo destas que repassaram seus conceitos/preconceitos às/aos filhas/os.
Evidenciou-se, também, que as professoras foram cuidadas e educadas para viver uma
feminilidade exigida como a legítima, assim como uma única forma considerada normal e
sadia de sexualidade, a heterossexualidade. Demonstraram-se ressentidas por viverem sempre
vigiadas, cuidadas, controladas e orientadas para cumprirem funções socais consideradas
“naturais” das mulheres, ou seja, para não se “excederem”, especialmente diante das
brincadeiras que ocorriam apenas após a realização dos serviços domésticos, dos quais os
meninos eram totalmente liberados. Constatou-se, ainda, que assertivas das diferenças de
gêneros, das desigualdades de oportunidades, de lugares previstos para meninas/meninos,
mulheres/homens fizeram parte da infância das colaboradoras da pesquisa. Nos depoimentos
foram recorrentes as palavras: isso, disso, estes assuntos, essas questões, pois elas evitavam
pronunciar as palavras sexo, sexualidade. E, além de manifestarem constrangimentos e
dificuldades em tratar o assunto em pauta, as análises apontam para um desconhecimento das
professoras acerca dos conceitos gênero e sexualidade na forma como são concebidos na
contemporaneidade. |
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