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Título:  
  Da fábrica à sala de aula: vozes e práticas tayloristas no trabalho do professor de espanhol em cursos de línguas
Autor:  
  Luciana Maria Almeida de Freitas   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UFRJ/LETRAS NEOLATINAS
Área Conhecimento  
  LETRAS
Nível  
  Doutorado
Ano da Tese  
  2010
Acessos:  
  167
Resumo  
  Esta tese visa a enfocar o trabalho do professor de língua espanhola que atua em cursos livres de idiomas. O marco teórico da investigação é a concepção dialógica de linguagem (BAKHTIN, 2003; VOLOSHINOV, 2009) e a abordagem ergológica da atividade (SCHWARTZ, 1997). A primeira vai ao encontro da complexidade do ser humano e do seu trabalho por considerar a língua como uma atividade concreta de trocas verbais, enquanto que a segunda apresenta-se como o estudo das atividades humanas que coloca os trabalhadores no centro da produção de conhecimento sobre o trabalho. A pesquisa situa-se no âmbito dos estudos que aproximam linguagem e trabalho; logo, transita na interface entre os estudos linguísticos e as ciências sociais. Partindo-se da hipótese de que existe uma interpenetração dos discursos e práticas tayloristas no trabalho prescrito ao docente de empresas privadas que oferecem cursos livres de línguas estrangeiras, busca-se analisar: (a) os manuais do professor e; (b) a fala do docente sobre o seu trabalho (LACOSTE, 1998), construída por meio do dispositivo entrevista. Além disso, parte-se da constatação, confirmada na pesquisa, de que há uma grande precarização nas condições de trabalho do professor de cursos livres, com baixos salários, garantias frouxas e vantagens quase inexistentes. Os resultados encontrados a partir da análise dos materiais verbais (entrevistas e manuais do professor) indicam que existe um esforço engendrado no sentido de antecipar e racionalizar totalmente a atividade desses professores, o que tangencia determinados aspectos da proposta de F. W. Taylor para uma Organização Científica do Trabalho. Com relação aos manuais do professor, conclui-se que eles constituem a tarefa desses professores, entendida em seu sentido taylorista como aquilo que é determinado pela empresa ao trabalhador, em forma de uma instrução escrita e detalhada, incluindo os meios utilizados e o tempo de execução. Há uma tentativa de padronização do trabalho do professor, pois se busca a uniformização dos métodos por meio da imposição de instrumentos, materiais e movimentos, pilares da Administração Científica. Com relação às entrevistas, observa-se que elas não coincidem necessariamente com o que é determinado pela empresa ao trabalhador, mas vão ao encontro de outras prescrições do trabalho do professor, procedentes de lugares variados, como as que emergem durante a formação universitária do professor, como as pesquisas da área de ensino de línguas, como as diversas vozes que circulam acerca do trabalho do professor; ou seja, inscrevem-se no âmbito que Schwartz (1997) denomina normas antecedentes. Os docentes reproduzem, principalmente por meio de discurso direto, as falas procedentes da hierarquia e emergem em suas respostas as vozes e as práticas taylorizantes.
     
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