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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
10,24
MB
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Título: |
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Biografema como estratégia biográfica: escrever uma vida com Nietzsche, Deleuze, Barthes e Henry Miller |
Autor: |
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Luciano Bedin da Costa
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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UFRGS/EDUCAÇÃO |
Área Conhecimento |
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EDUCAÇÃO |
Nível |
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Doutorado
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Ano da Tese |
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2010 |
Acessos: |
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203 |
Resumo |
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Como escrever uma vida? Essa pergunta aparentemente simples é a questão que
movimenta este texto. A escrita de vida – chamada aqui de biografia (bíος - bíos,
vida e γραφή – gráphein, escrever) – é um tema transversal, compreendendo não
somente a literatura, como também outros domínios das Ciências Humanas e da
Saúde, como a psicologia, educação, antropologia, história e ciências sociais. A
bio-grafia comporta um tecido amplo de operacionalizações e metodologias; ela
aparece nas histórias de vida, na formação profissional, nas anamneses, nos relatos
de experiências, nos projetos de vida, nos estudos de caso, etc. O binômio vidaescritura
é tratado a partir da perspectiva levantada pelos filósofos Friedrich
Nietzsche e Gilles Deleuze, como a força capaz de criar, e sobretudo, criar a si
mesma. A noção de biografema, proposta por Roland Barthes, é uma potente
estratégia para se pensar a escritura de vida aberta à criação de novas possibidades
de se dizer e, principalmente, de se viver uma vida. O surgimento do biografema
acompanha uma mudança de abordagem em relação às próprias vidas biografadas,
acarretando num novo tratamento biográfico por parte das disciplinas. Trata-se de
outra postura de leitura, de seleção e de valorização de signos de vida. Ao invés de
percorrer as grandes linhas da historiografia, a prática biografemática volta-se para
o detalhe, para a potência daquilo que é ínfimo numa vida, para suas imprecisões e
insignificâncias. Tomar partido da biografia enquanto criação (e não somente
como representação de um real já vivido) é colocar-se diante de uma política que
se mostra contrária a todo uso biográfico que sufoca a vida, a toda estratégia ou
metodologia thanatográfica. O próprio sujeito se desloca – ele passa a ser, neste
sentido, também um criador, um fabulador de realidade, um ator mesmo de
escritura e de vida. Afinal, haveria outro sentido em se escrever uma vida que não
fosse o de acreditar na potência de reinvenção desta própria vida? |
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