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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
2,70
MB
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Título: |
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Reinfecção com diferentes cepas virais em crianças com infecção congênita pelo Citomegalovirus (CMV) |
Autor: |
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Vírginia Mara de Deus Wagatsuma
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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USP/RP/SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE |
Área Conhecimento |
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BIOLOGIA GERAL |
Nível |
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Doutorado
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Ano da Tese |
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2010 |
Acessos: |
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899 |
Resumo |
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O Citomegalovirus (CMV) é o agente causal mais frequente de infecção congênita no
homem, constituindo importante problema de saúde pública em decorrência da gravidade
das sequelas em longo prazo na infância. É conhecido que crianças congenitamente
infectadas pelo CMV apresentam excreção viral prolongada com grande contribuição no
ciclo natural da infecção pelo CMV. Entretanto, não é conhecido se estas crianças albergam
uma única cepa do CMV ou se a reinfecção com novas cepas contribui para manutenção da
excreção viral prolongada. Para determinar a frequência de reinfecção e da mistura de
genótipos (excreção simultânea de duas ou mais cepas do CMV no mesmo sítio de
excreção), amostras seriadas de urina e saliva de 85 crianças com infecção congênita pelo
CMV foram coletadas prospectivamente até pelo menos quatro anos de vida. As diferentes
cepas foram classificadas por meio da análise do tamanho dos fragmentos de restrição
(RFLP) em uma das quatro principais variantes genotípicas da glicoproteína B (gB) e, a
confirmação da mistura de cepas foi realizada pela PCR primer-específica para as quatro
variantes da glicoproteína N (gN). A caracterização genotípica da glicoproteína B (gB) em
amostras de urina e saliva de crianças com infecção congênita no presente estudo
demonstrou que 44% das crianças haviam adquirido uma nova cepa ao final do quarto ano
de vida. Entretanto, uma parcela destas crianças apresentou evidências moleculares de
reinfecção por uma nova variante genotípica, sendo a de maior incidência de reinfecção por
uma nova cepa do CMV (20%), a faixa etária dos dois anos de vida. A mistura de cepas na
mesma amostra foi confirmada em 19% das crianças que adquiriram uma nova cepa do
CMV. Corroborando com este achado, após períodos de intermitência da excreção viral
observou-se que a maioria das crianças permanece excretando uma cepa com as mesmas
características daquela adquirida intraútero, ou seja, a reativação da cepa latente é mais
frequente quando comparada à reinfecção por uma nova cepa do CMV [4/30 (13%) vs.
26/30 (87%), p < 0,0001). Ainda com relação à ocorrência de reinfecção, com exceção da
idade de início do convívio em creches (média de 2 anos ± 1 ano, OR = 11,92, IC95% 1,21-
285,72) e do número de pessoas na mesma casa no período do nascimento (média de 4
pessoas, OR = 4,33, IC95% 1,24 15,21), nenhum dos fatores de risco avaliados mostrou
associação com a aquisição de uma nova cepa do CMV. A elevada frequência de reinfecção
associada à média da idade de inicio do convívio em creche e/ou instituição e o número de
pessoas na mesma casa ao nascimento implicam que a reinfecção está associada à frequente
exposição a um grande número de cepas circulantes. Entretanto, a prevalência de um maior
número de crianças que apresentaram reativação da cepa endógena sugere que a excreção
viral por longos períodos em crianças congenitamente infectadas pelo CMV pode estar
associada persistência da infecção da cepa adquirida no período intraútero. |
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