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Título:  
  Aspectos estruturais, dinâmicos e termodinâmicos envolvidos na montagem in vitro do capsídeo do Vírus da Hepatite C e na inibição da Proteína Inibidora de Apoptose XIAP, revelados por análises [...]
Autor:  
  Theo Luiz Ferraz de Souza   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UFRJ/QUÍMICA BIOLÓGICA
Área Conhecimento  
  BIOQUÍMICA
Nível  
  Doutorado
Ano da Tese  
  2010
Acessos:  
  205
Resumo  
  A Hepatite C é um problema de saúde pública mundial. Aproximadamente 3% da população mundial encontra-se atualmente infectada pelo Vírus da Hepatite C (HCV). A região N-terminal da proteína capsídica do Vírus da Hepatite C (HCV124) tem sido descrita como uma proteína intrinsecamente desestruturada. Além de sua função estrutural, esta proteína é responsável por vários processos virais e celulares, desempenhando um papel crítico na patogênese da hepatite C, porém tais mecanismos não são bem compreendidos. Este trabalho visa uma melhor compreensão da montagem do HCV in vitro e da relação estrutura-função da HCV124. Aqui, nós utilizamos espectrofotometria, espectroscopia de fluorescência, dicroísmo circular, microscopia eletrônica e calorimetria para investigar a relação estrutura-função desta proteína em uma forma truncada com 124 aminoácidos (HCV124), e assim acrescentar alguns aspectos termodinâmicos. Mostramos que esta proteína monomérica truncada pode adotar estruturas intermediárias em diferentes condições, tais como na presença da sonda bis-8- anilinonaftaleno-1-sulfonato (bis-ANS), trifluoretanol (TFE), dodecil sulfato de sódio (SDS) ou alta concentração de sal. Estes ligantes e condições físicas podem mimetizar ambientes fisiológicos em que a proteína capsídica do HCV é capaz de se ligar a diferentes alvos e desempenhar diferentes funções. Por outro lado, quando submetemos a proteína capsídica do HCV a pH próximo do ponto isoelétrico, verificamos a formação de partículas semelhantes ao nucleocapsídeo (NLPs) por microscopia eletrônica. Esse resultado mostra claramente, pela primeira vez, que a neutralização de resíduos básicos é o principal fator que impulsiona o processo de multimerização da proteína em solução. Mostramos também que a montagem de NLPs desencadeada por sequências de DNA ou RNA curtas é inespecífica e entalpicamente dirigida, como verificado por calorimetria de titulação isotérmica. A HCV124 fusionada à Proteína Fluorescente Verde (GFP) também foi utilizada e todos os resultados foram semelhantes, indicando que a GFP não inibe o processo e que esta forma fusionada pode ser utilizada em ensaios em células. Ensaios de gel shift e dados de polarização de fluorescência e espectroscopia de correlação de fluorescência indicam que a montagem é altamente cooperativa, visto que não foi possível detectar intermediários estáveis em equilíbrio em solução. Em resumo, estes resultados podem revelar a termodinâmica e a base estrutural das diferentes funções da proteína capsídica do HCV, que é um alvo promissor contra a replicação viral.
     
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