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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
664,20
KB
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Título: |
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Voyage au bout de la nuit, louis-ferdinand céline : o itinerário de uma viagem |
Autor: |
|
Regina Dantas Miguel
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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USP/LETRAS (EST. LING., LITERÁRIOS E TRADUTOLÓGICOS EM FRANCÊS) |
Área Conhecimento |
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LETRAS |
Nível |
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Mestrado
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Ano da Tese |
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2010 |
Acessos: |
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629 |
Resumo |
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Voyage au bout de la nuit, do escritor francês Louis-Ferdinand Céline, obteve uma grande
repercussão nos círculos literários e junto ao público em 1932, ano de seu lançamento. Por
uma linguagem popular e virulenta até então ausente da literatura francesa e pela violência
com que seu herói Ferdinand Bardamu denunciava as injustiças da sociedade, o livro de
estréia de Céline causou um forte impacto e, até hoje possui um lugar à parte no cenário
literário. Um dos fatores responsáveis por esse impacto seria sem dúvida, a inovação
perpetrada à língua francesa uma vez que seu autor pretendia renová-la a partir da linguagem
oral e popular. O romance apresenta um duplo movimento de protesto: a denúncia virulenta
de seu protagonista e o golpe desferido no âmago da língua literária acadêmica. Grande parte
de sua repercussão, deveu-se em larga escala a essa escolha lingüística considerada inovadora
e revolucionária para os padrões da época. A invenção de Céline de escrever como se fala
seria uma espontaneidade aparente, pois, seu estilo nada tem de natural, ao contrário, é
artifício, resultado de um longo trabalho. Se a escolha de uma língua criada a partir de tal
registro escandalizou os leitores de sua época, hoje em dia, o impacto do romance decorre
nem tanto da linguagem e mais da violência com que Bardamu se refere a seus semelhantes.
Gostaríamos no presente trabalho de esboçar uma análise das duas forças do texto - o estudo
da escritura e do universo criados por Céline. A abordagem de sua viagem nos conduziria à
percepção de um mundo criado a partir de uma dimensão onírica, pois uma viagem
imaginária é anunciada desde a epígrafe do romance: Nossa viagem, a nossa, é
inteiramente imaginária. A viagem ao fim, ao fundo da noite empreendida por Céline teria a
acepção do caminho lento e gradual para a morte. O mergulho dentro de tal universo nos
remeteria também à porção autobiográfica sugerida na obra celiniana, visto que os itinerários
de Bardamu e de Céline seriam convergentes. Enfim, esse estudo nos permitiria refletir sobre
o uso de uma língua construída sobre um código oral-popular dispositivo utilizado pelo
autor para introduzir na linguagem escrita a emoção do falado. |
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