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Título:  
  Resposta inflamatória em aspirado nasofaringeo de crianças menores de cinco anos com infecção respiratória aguda no Recife, Brasil
Autor:  
  Maria do Carmo Menezes Bezerra Duarte   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  IMIP/SAÚDE MATERNO INFANTIL
Área Conhecimento  
  MEDICINA
Nível  
  Doutorado
Ano da Tese  
  2010
Acessos:  
  263
Resumo  
  Estima-se que quatro milhões de crianças morram a cada ano devido às infecções respiratórias agudas e que metade dessas mortes ocorra em menores de seis meses de idade. Os vírus são responsáveis por grande parte do impacto destas infecções. Estima-se que o vírus sincicial respiratório humano sozinho acarrete no mínimo 3,4 milhões de admissões hospitalares e entre 66.000 a 199.000 mortes em crianças menores de cinco anos anualmente em todo o mundo, sendo 99% destes óbitos em países em desenvolvimento. Vários estudos têm demonstrado que o tipo, carga e virulência do vírus por um lado e fatores relacionados ao hospedeiro por outro, como idade, suscetibilidade genética e estado imune são implicados na patogênese e gravidade da infecção respiratória aguda viral. Dentre esses fatores, a resposta imunológica do hospedeiro é considerada o principal fator determinante da gravidade da doença e suas conseqüências em longo prazo. Poucos estudos têm avaliado as respostas imunes do hospedeiro frente à infecção viral de acordo com a gravidade de doença, ou entre diferentes vírus e bactérias atípicas que podem apresentar síndromes clínicas similares. Além disso, a maioria dos estudos avaliaram as respostas imunes T helper 1 e T helper 2, enquanto que as respostas imunes T helper 17 tem sido raramente descritas. Os objetivos da tese foram investigar se concentrações de citocinas, em aspirado nasofaríngeo, diferem de acordo com diversos patógenos respiratórios em crianças com infecção respiratória aguda no Brasil e se as concentrações de citocinas diferem de acordo com a gravidade da doença em crianças de baixo nível sócioeconômico no Brasil, infectadas pelo vírus sincicial respiratório humano. Foi realizado um estudo prospectivo, exploratório, do tipo descritivo, no período de junho de 2008 a outubro de 2009. Foram incluídas no primeiro estudo crianças menores de cinco anos, com diagnóstico clínico de infecção respiratória aguda com até sete dias de doença, com Reação em Cadeia da Polimerase Multiplex positiva para um único dos seguintes patógenos: adenovírus humano, bocavírus humano, metapneumovírus humano, rinovírus humano, vírus sincicial respiratório humano e Mycoplasma pneumoniae na ausência de co-detecção para influenza humano A e B, parainfluenza humano 1, 2, 3 e 4, coronavírus NL63, 229E, HKUI e OC43 e Chlamydophila pneumoniae. No segundo estudo foram incluídas crianças menores de dois anos, com diagnóstico clínico de infecção respiratória aguda com até sete dias de doença, com Reação em Cadeia da Polimerase Multiplex positiva para vírus sincicial respiratório humano na ausência de co-detecção para os outros patógenos respiratórios citados acima. Foram excluídas nos dois estudos as crianças com história de cardiopatia congênita complexas, doenças pulmonares graves crônicas e imunodeficiências. As citocinas interferon-&#947,, fator de necrose tumoral-&#61537,, interleucina-4, IL-5, IL-6, IL-8, IL-10, IL-12, IL-13, IL-17 e fator estimulador de colônias de macrófagos e granulócitos foram mensuradas no aspirado nasofaríngeo através do ELISA. No primeiro estudo, 71 crianças menores de cinco anos com infecção respiratória aguda por um único patógeno respiratório: vírus sincicial respiratório humano (23), metapneumovírus humano (11), adenovírus humano, rinovírus humano, bocavírus humano (10 cada) ou infecção por Mycoplasma pneumoniae (7) foram avaliadas. Nenhuma das crianças necessitou de ventilação mecânica e todas sobreviveram. Em geral, as concentrações de citocinas não evidenciaram diferenças entre os patógenos. Entre as exceções, a IL-17 foi maior em crianças com Mycoplasma pneumoniae quando comparadas com as crianças com infecção viral (p = 0,036). Estudos futuros são necessários para elucidar o papel da resposta Th17 na infecção respiratória aguda. O segundo estudo descreve as concentrações de citocinas em aspirado nasofaríngeo de 44 crianças infectadas apenas pelo vírus respiratório sincicial humano de acordo com a gravidade da doença [necessidade de admissão hospitalar e gravidade clínica: leve (não internada), moderada (internada, sem oxigenioterapia) e grave (internada, oxigenioterapia ou saturometria de oxigênio < 93%)]. Nenhuma das respostas das citocinas mostrou diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Os dados do presente estudo sugerem que mediadores inflamatórios parecem não predizer admissão hospitalar ou necessidade de uso de oxigênio em crianças com infecção apenas pelo vírus sincicial respiratório humano em crianças de baixo nível sócioeconômico no Brasil.
     
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