|
|
Tipo de Mídia:
Texto
|
|
Formato:
.pdf
|
Tamanho:
555,09
KB
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Título: |
|
Hilda Hist e Bufólicas: dessacralização de discursos |
Autor: |
|
Ana Silvéria Vaz
 |
Categoria: |
|
Teses e Dissertações |
Idioma: |
|
Português |
Instituição:/Parceiro |
|
[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
|
Instituição:/Programa |
|
UFU/ESTUDOS LINGÜÍSTICOS |
Área Conhecimento |
|
LINGÜÍSTICA |
Nível |
|
Mestrado
|
Ano da Tese |
|
2005 |
Acessos: |
|
251 |
Resumo |
|
Esta pesquisa destina-se a uma análise da obra Bufólicas, de Hilda Hilst, em que, por meio de uma metodologia de caráter qualitativo-interpretavista, e pela utilização de conceitos da Análise do Discurso de linha francesa, reportando-se à memória discursiva, será evidenciada a relação dessa obra com fábulas e contos de fadas tradicionais. Partindo-se do estudo destes contos, por Bruno Bettelheim, que evidencia as esferas do bem e do mal que os perpassam, este trabalho mostra o questionamento representado pelos sujeitos presentes na obra (autor e personagens), na medida em que, através do uso da figura do bufão, radiculariza a moral edificante presente nos contos de fada tradicionais, opondo-lhes, por meio de sua reelaboração, a dispersão de suas personagens em uma materialidade discursiva que propõe a sátira e o questionamento de uma moral imposta socialmente. Assim, a linguagem utilizada pelo sujeito autor oscila entre um léxico rebuscado e termos chulos constantes de piadas, xingamentos, do uso oral da linguagem tão corrente em nossa sociedade. A partir da constatação de Gregolin (2001) de que as questões referentes ao gênero advêm da posição do sujeito determinado pela história e por suas posições advindas de diferentes instituições sociais, identifica-se a existência e o drama constitutivos do sujeito. Assim, são analisadas produções discursivas acerca do homossexualismo, racismo e as anomalias genitais e sexuais explicitadas através da materialidade lingüística, de modo a evidenciar como a problematização de um ideário moral de bons costumes, e como a existência dele, leva as personagens a viver seus conflitos e dramas, e como são levados à exclusão social. Desta forma, este trabalho, apoiando-se, principalmente, nos estudos de Foucault a respeito das micro-lutas e dos micro-poderes, e em Hall, quando fala da diversidade de identidades que o sujeito pode ocupar em diferentes momentos, explicita que essa obra hilstiana constitui-se de uma desconstrução de dada moral socialmente edificante e/ou edificada, e revela contrastes referentes a importantes questões morais, políticas e sociais. |
|
|
|
|
|
 |
|
|
|