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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
11.18
MB
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Título: |
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A revista educação physica e a eugenia no Brasil (1932-1945) |
Autor: |
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Tarciso Alex Camargo
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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UNISC/EDUCAÇÃO |
Área Conhecimento |
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EDUCAÇÃO |
Nível |
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Mestrado
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Ano da Tese |
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2010 |
Acessos: |
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976 |
Resumo |
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Esta dissertação tem por objetivo analisar a relação entre eugenia e educação física no Brasil
através dos escritos da revista Educação Physica. Para alcançar este objetivo foram analisadas todas as edições da revista publicados entre 1932 a 1945, totalizando 88 exemplares. Procuramos mostrar a criação da ciência eugênica no ocidente a partir do século XIX e sua receptividade no Brasil. A ciência dos bem nascidos encontrou articularidade no Brasil a partir da década de 1910, quando boa parte dos intelectuais brasileiros, dedicados as questões da identidade nacional, mostraram-se otimistas com as novas ideias eugênicas, pois a eugenia, aliada ao higienismo, representou a esperança de regeneração racial dos brasileiros. O principal eugenista da época no Brasil, o médico paulista Renato Ferraz Kehl, dedicou décadas de sua vida na divulgação e organização do movimento eugênico, tornando-se uma referência incontornável quando se estuda o movimento eugênico no país. A disciplina Educação Física foi entendida pelos eugenistas como mais uma das estratégias de aperfeiçoamento da raça. Nessa direção, a revista Educação Physica também se relacionou com a ciência eugênica, pois publicou diversos artigos de renomados intelectuais eugenistas, com destaque para o já citado Renato Kehl, Fernando de Azevedo e Hollanda Loyola, diretor e redator do periódico. Esses pensadores somados a outros autores e redatores da revista entendiam a educação física como um elemento fundamental para a causa eugênica. O pensamento eugênico no Brasil teve um caráter preventivo que não desprezava as explicações sociais para a degeneração do homem brasileiro, ao contrário, se constitui como aliada do higienismo justamente na construção de uma eugenia social com objetivos profiláticos. Em que pese o racismo científico ser a tônica do discurso eugênico brasileiro, a especificidade do eugenismo/higienismo nacionais está justamente nessa solução hibrida. A
revista Educação Physica estava alinhada com os preceitos desta eugenia profilática,
preventiva. Nesse sentido a educação física poderia atuar na constituição física, no
fortalecimento da saúde e no vigor corporal do homem brasileiro, e regenerando, depurando, e refinando a raça que deveria ser construída. Dessa forma a revista Educação Physica dentro de seu projeto de eugenia positiva, elencou a educação física como peça fundamental para eugenizar o homem brasileiro.
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