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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
11.16
MB
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Título: |
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Ritxoko - A voz visual das ceramistas Karajá |
Autor: |
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Chang Whan
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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UFRJ/ARTES VISUAIS |
Área Conhecimento |
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ARTES |
Nível |
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Doutorado
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Ano da Tese |
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2010 |
Acessos: |
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351 |
Resumo |
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O presente trabalho apresenta resultados de estudo realizado sobre a cerâmica
figurativa Karajá, com base em pesquisa contextual, integrando dados bibliográficos,
museográficos e de pesquisa de campo etnográfica. As ritxoko, como são chamadas
pelas ceramistas Karajá, são analisadas nos seus aspectos materiais, formais, sígnicos,
estilísticos e sociais, segundo uma perspectiva histórica, preconizada pela Teoria da
Praxis, que considera que mudanças verificadas nos diversos âmbitos resultam de
agências múltiplas em contínua e dinâmica interação - agências internas (ceramistas e
cultura Karajá) e externas (compradores e cultura nacional envolvente), humanas
(intenções conscientes) e não-humanas (contingências materiais), histórico-estruturais
(previsíveis) e circunstanciais (não-previsíveis). Nesta perspectiva, a instituição de
peculiar aspecto morfológico nas ritxoko, a saliência abdominal, como marca sígnica do
gênero feminino pelas ceramistas Karajá é analisada como resultado de processo de
"exaptação", segundo proposição teórica de S. J. Gould (1979, 1991). A saliência
abdominal poderia ser considerada como mais um exemplo de um "spandrel" cultural.
Com base em material bibliográfico, no estudo das coleções etnográficas de cerâmica
Karajá do acervo do Setor de Etnologia do Museu Nacional do Rio de Janeiro e em
informações obtidas em pesquisa de campo, propõe-se a hipótese de que a origem das
atuais ritxoko Karajá remontam à tradicional prática de modelagem de figuras em
miniatura com cera de abelha, tybora. O trabalho de campo também gerou uma
etnografia da tecnologia oleira Karajá. Por fim, o estudo traça o percurso das ritxoko, de
sua origem como brinquedo de criança, de produção eventual, a peças produzidas em
escala para fins comerciais, voltadas para um crescente mercado de arte e artesanato
indígena. Neste processo, e no novo contexto, as ritxoko se tornam expressões artísticas
que, de forma silenciosa porém eloquente, ecoam vozes femininas Karajá. Através de
suas ritxoko, as ceramistas falam visualmente e afirmativamente sobre suas vidas e
cultura, tanto para a sua própria gente, os Iny, como para o mundo tori. |
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