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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
1,32
MB
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Título: |
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Cultura pública e aprendizado social: a trajetória dos enquadramentos sobre a temática da deficiência na imprensa brasileira (1960-2008) |
Autor: |
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Ana Carolina Soares Costa Vimieiro
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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UFMG/COMUNICAÇÃO SOCIAL |
Área Conhecimento |
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COMUNICAÇÃO |
Nível |
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Mestrado
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Ano da Tese |
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2010 |
Acessos: |
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331 |
Resumo |
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Este trabalho tem o objetivo de identificar e analisar as diversas interpretações públicas
sobre a temática da deficiência que foram construídas discursivamente de 1960 a
2008 na mídia brasileira – aqui representada pelos jornais Folha de São Paulo e O Globo
e pela revista semanal Veja. Partindo da idéia de enquadramento, nosso intuito é compreender
os distintos discursos publicizados e como eles se transformam historicamente
no decorrer da trajetória discursiva mediada da questão, num possível processo de aprendizado
social ou numa evolução moral sobre o assunto. Para isso, adotamos um quadro
metodológico que tem como pressuposto a idéia de que os enquadramentos se materializam
através de diversos elementos, e que através desses elementos é possível apontar os
frames indiretamente. A corrente deliberacionista de política serviu de pano de fundo
da pesquisa, mas tentamos aqui apontar a diferença existente entre deliberação e cultura
pública, que é um dos conceitos-chave do trabalho. Identificamos duas fases historicamente
datadas nesta cultura pública sobre o tema da deficiência. Uma que se estende
pelas décadas de 60 e 70 e tem como pontos centrais a idéia de integração, uma visão
piedosa acerca da deficiência e uma abordagem médica. E uma segunda, que começa na
década de 80 e perdura na atualidade, e é marcada pelo surgimento de uma perspectiva
de direitos e compartilhamento de alguns valores tidos como inclusivos. Indicamos aqui a
necessidade de distinguirmos valores compartilhados amplamente pela sociedade daqueles
compartilhados por grupos identitários – as interpretações gerais e as coletivas – para
compreendermos em que medida os “valores inclusivos”, e não o chamado “ideal inclusivo”,
fazem parte do horizonte de valores sociais. Nesse sentido, a inclusão, pensada da forma
como os movimentos sociais a pensam, parece se tratar muito mais de um tipo de interpretação
coletiva do que efetivamente uma interpretação amplamente compartilhada pela
sociedade. No caso da inclusão, ela está decretada no papel, faz parte do marco legal
brasileiro, e é compartilhada em algum nível pela sociedade, mas não da forma articulada
como esperam essas entidades. Sendo assim, percebemos uma evolução moral acerca do
assunto, ainda que o ideal inclusivo não seja compartilhado socialmente em sua totalidade. |
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