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Título:  
  Mortalidade por câncer e a utilização de pesticidas no Estado de Mato Grosso no período de 1998 a 2006
Autor:  
  Maria Luiza Ortiz Nunes da Cunha   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  FCMSCSP/SAÚDE COLETIVA
Área Conhecimento  
  SAÚDE COLETIVA
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2010
Acessos:  
  869
Resumo  
  Introdução: Desde a década de 1980 o consumo de pesticidas vem aumentando muito no Brasil e especialmente no estado do Mato Grosso, principal consumidor destas substâncias, sem adequado monitoramento de seu impacto sobre o meio ambiente e a saúde humana. Dentre as consequências da exposição crônica de seres humanos a pesticidas destaca-se a possível associação entre estes agentes e o desenvolvimento de neoplasias malignas. Objetivo: Descrever os padrões de consumo de pesticidas no estado do Mato Grosso e em suas regiões de saúde em 1998 e estudar sua possível associação com a mortalidade por leucemias, linfomas e neoplasias malignas de mama, próstata, esôfago, estômago, pâncreas e encéfalo no período de 2004 a 2006. Método: Trata-se de um estudo ecológico utilizando as informações sobre os óbitos por neoplasias disponíveis no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do estado de Mato Grosso no período de 2004 a 2006. Foram selecionados os óbitos com causa básica neoplasia maligna de mama, próstata, esôfago, estômago, pâncreas e encéfalo, além de leucemias e linfomas. Os óbitos foram descritos quanto a sexo, faixa etária, raça/cor, escolaridade e região de residência. Dados sobre a estimativa de população foram obtidos junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados sobre o consumo de pesticidas foram obtidos junto ao Instituto de Defesa Agropecuária (INDEA-MT) e IBGE. As regiões de saúde foram classificadas quanto ao volume de pesticidas utilizados em 1998 em 3 grupos (alto, médio e baixo). Foram calculadas as taxas específicas de mortalidade por sexo e idade e as taxas padronizadas de mortalidade das 3 regiões. Calculou-se o Risco Relativo (RR) e seu respectivo intervalo de confiança (IC95%) para comparar as taxas de mortalidade das regiões de saúde com consumo médio e alto de pesticidas às regiões com baixo consumo. Resultados - As neoplasias malignas foram a terceira causa de morte por causas definidas no estado no período de 2004 a 2006. Foi observada associação entre níveis alto/médio de uso de pesticidas em 1998 e mortalidade por neoplasias malignas de esôfago, estômago, pâncreas, encéfalo, próstata, leucemias e linfomas apenas nas faixas etárias de 60 a 69 anos e 70 anos ou mais. No caso do câncer de mama, observou-se associação com o uso alto/médio de pesticidas para as faixas etárias de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos. Considerações finais: Espera-se que os resultados do presente estudo contribuam para o planejamento das políticas de uso de pesticidas no estado, considerando seus potenciais efeitos também a longo prazo sobre a saúde. A Vigilância em Saúde aponta para uma estratégia de mudança das práticas de saúde, produzindo propostas de intervenção no controle de pesticidas e na prevenção do câncer como fundamental na construção de um plano de controle e vigilância de pesticidas, onde os sistemas de informação estejam próximos das populações potencialmente expostas.
     
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