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Título:  
  O ciberespaço: palavra, norma e liberdade caracterologia do ciberespaço a partir da idéia de inteligência coletiva em Pierre Lévy.
Autor:  
  César Colera Bernal   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UECE/FILOSOFIA
Área Conhecimento  
  FILOSOFIA
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2009
Acessos:  
  464
Resumo  
  O objeto desta investigação é o estudo do ciberespaço em perspectiva simultaneamente clássica – pois assentada em fundamentos ontológicos e antropológicos e pela atribuição ao homem dos caracteres essenciais de racionalidade, sociabilidade e liberdade – e atual – pois realizada desde a adesão aos princípios da complexidade e ao diálogo transdisciplinar, essenciais para a quebra da cegadora dicotomia entre mundo humano e tecnologia. As teses do filósofo francês Pierre Lévy guiaram, embora não exclusivamente, nossa especulação e nossas conclusões. O primeiro capítulo, aporética atual, olhou para o contexto histórico-sociológico contemporâneo, constatando-o radical e qualitativamente distinto de todos os parâmetros pelos que se definia apenas algumas décadas antes. Identificamos a causa profunda dessa transformação na revolução que viveram as tecno-ciências nesse período, e que deu lugar a um movimento acelerado de virtualização de todas as áreas de atividade humanas. A conclusão foi a extensa incapacidade da filosofia de compreender o novo contexto social, político e cultural, pois (1) fatalmente impregnada desde suas origens por um declarado desprezo pela atividade técnico-produtiva, e (2) paralisada em sua reflexão pelo fisicalismo próprio das primeiras análises filosóficas do fenômeno da Revolução Industrial. Posto que os desenvolvimentos futuros desse processo de virtualização são, por essência, indefinidos e abertos, é de todo urgente – para a filosofia e para o mundo contemporâneo – a reconciliação da filosofia com a técnica, especialmente com as tecnologias de informação e comunicação, origem de todas as mudanças havidas e das possibilidades futuras – potencialmente positivas ao mesmo tempo que perigosamente negativas. No segundo capítulo, “Eidética interdisciplinar”, alcançamos quatro ordens de resultados: desde uma perspectiva histórico-antropológica, pudemos concluir que as logotecnologias são as mais autênticas e emblemáticas tecnologias do espírito. Mediante o enfoque histórico, constatamos que a história das infotecnologias é a mais significativa história do homem. O ponto de vista técnico nos deparou com a paradoxal constatação de que a rede mundial de computadores é o recorte do real que mais plenamente realiza a essência do próprio homem; ou seja, a sua fala – o seu espírito. Finalmente, em clave metafórica ou simbólica, tentamos aceder ao ser autêntico do ciberespaço mediante as imagens de cidade, mar interior e sistema nervoso. Em conjunto, nos mostraram que o ciberespaço, ao ser capaz de produzir os instrumentos, não só para sua própria metamorfose enquanto real-virtual, como para a reforma do físico-real, está destinado a reinventar, em pauta libertária, a ciência da gobernação. O terceiro capítulo teve como objeto a categorização empírica da tecnologia em sua configuração histórica atual. Ressaltaram neste enfoque o caráter desterritorializado, que evidencia o ciberespaço como “não-lugar”; o caráter multimídia e o de autonomia em relação ao físico, que aprofundam sua natureza virtual, e o de interligação densa, que dilui a distinção entre as noções de coisa e pessoa. O quarto e último capítulo, ou momento tético, retoma a definição clássica de pessoa como razão, sociabilidade e liberdade e funde estas características com as do ciberespaço, concluindo ser esta a derradeira lego-logotecnologia para a edificação de uma sociedade livre.
     
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