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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
43,00
MB
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Título: |
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Os senhores das dunas e os adventícios d'além-Mar: primeiros contatos, tentativas de colonização e autonomia Tremembé na Costa Leste-Oeste (Séculos XVI e XVII) |
Autor: |
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Jóina Freitas Borges
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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UFF/HISTÓRIA |
Área Conhecimento |
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HISTÓRIA |
Nível |
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Doutorado
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Ano da Tese |
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2010 |
Acessos: |
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967 |
Resumo |
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Este trabalho, através de uma perspectiva interdisciplinar, que se propõe a agregar as novas tendências teóricas e conceituais da história, da antropologia e da arqueologia, visa analisar os primeiros duzentos anos de contatos entre os indígenas e os europeus na costa norte brasileira, chamada, nos séculos XVI e XVII, de Costa Leste-Oeste. A Costa Leste-Oeste era habitada por povos pescadores-coletores-caçadores há milênios. Em janeiro do ano de 1500, no contexto dos descobrimentos espanhóis na América, os navegadores Vicente Yañez Pinzón e Diego de Lepe fizeram uma aportada no litoral do Ceará, e percorreram a costa até o rio Amazonas. Desde então, a Costa Leste-Oeste passou a ser frequentada com certa assiduidade pelos europeus. A partir destes "descobrimentos", ocorreram contatos, conflitos e negociações com os nativos da costa. Após alguns anos, com a doação das Capitanias Hereditárias no Brasil, houve, por pelo menos três vezes no século XVI, tentativas portuguesas de colonização, as quais foram frustradas. Um dos principais elementos a que é atribuído o fracasso dos colonizadores portugueses, é a atuação histórica dos indígenas que viviam na costa e regiões adjacentes, os quais eram conhecidos, genericamente, pelo termo "tapuias", e que não colaboraram na instalação dos núcleos coloniais. Tal proposição firma-se a partir da análise dos documentos do século XVII, através dos quais foi possível perceber que sem a colaboração indígena era quase impossível, aos adventícios, a concretização da colonização da Costa Leste-Oeste. Nos anos Seiscentos, portugueses, franceses e holandeses tentaram estabelecer guarnições, para efetivar núcleos colonizadores entre as praias do litoral ocidental do Ceará e oriental do Maranhão, porém, não conseguiram manter-se por muito tempo no território que ainda era dominado pelos índios tremembés. Estes índios, por sua vez, realizando o comércio de mercadorias tais como âmbar-gris, pau-violeta e até escravos, com diferentes estrangeiros que frequentavam suas praias, conseguiram permanecer na "zona fronteiriça" (Boccara, 2005) do processo de colonização, negociando nessa parte da Costa Leste-Oeste, até o final do século XVII, ainda com bastante autonomia sobre seu território. |
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