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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
892,97
KB
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Título: |
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Cuidado profissional a mulheres com teste rápido positivo para HIV |
Autor: |
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Ana Jaqueline Santiago Carneiro
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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UFBA/ENFERMAGEM |
Área Conhecimento |
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ENFERMAGEM |
Nível |
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Mestrado
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Ano da Tese |
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2007 |
Acessos: |
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278 |
Resumo |
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A feminização da aids trouxe o maior risco de transmissão vertical, fazendo com que fossem
adotadas pelo Ministério da Saúde uma série de medidas no sentido de impedir a transmissão
do HIV das mulheres infectadas para seus (as) filhos (as). Uma dessas medidas foi a
implantação dos testes rápidos anti-HIV, que devem ser realizados por mulheres que não
apresentem resultado de sorologia do pré-natal no momento do internamento em trabalho de
parto. Esse exame deve ser realizado com aconselhamento pré e pós teste, independentemente
do seu resultado, como qualquer outro exame para HIV. Porém, observa-se que esse
aconselhamento não vem sendo realizado pelos (as) profissionais na oferta do teste em
trabalho de parto, sobressaindo o cumprimento de medidas profiláticas destinadas à interdição
da transmissão vertical, desvinculando as necessidades de cuidado das mulheres nas suas
especificidades. Frente a essa realidade, foi desenvolvido um estudo de caráter qualitativo,
que teve como objetivo investigar como as mulheres percebem o cuidado profissional que
lhes é prestado durante o processo de realização do teste rápido nos períodos pré e pós-parto.
Foram utilizados como categorias analíticas gênero e integralidade. O gênero constitui
categoria relacional utilizado para discutir a naturalização da função reprodutiva da mulher e
as relações de dominação entre homens e mulheres, tornando-as mais vulneráveis à infecção.
A integralidade é apontada como uma perspectiva que permite se escapar ao reducionismo das
necessidades dos sujeitos e aprendê-las de maneira ampliada, tornando as relações de cuidado
mais humanizadas e acolhedoras. A técnica de coleta de dados foi a entrevista semiestruturada
realizada com doze mulheres puérperas atendidas no Centro de Testagem e
Aconselhamento estadual para conclusão de diagnóstico, conforme fluxograma definido pelo
Ministério da Saúde. O material empírico foi analisado por meio da técnica de análise de
discurso segundo Fiorin, que consiste no estudo dos elementos discursivos, através dos quais
se monta, por inferência, a visão de mundo dos sujeitos. A análise dos discursos das
entrevistadas confirmou que o aconselhamento na testagem anti-HIV não vem ocorrendo nem
no pré-natal, nem no trabalho de parto e nem no puerpério. O exame vem perdendo sua
especificidade ao ser incorporado à prática clínica como exame de rotina, sendo que em
muitos casos a mulher sequer foi informada sobre a sua realização, o que fere o direito
reprodutivo de autonomia das mulheres. Os cuidados técnicos prevalecem nesse processo, em
que os profissionais mantêm suas condutas direcionadas a procedimentos destinados a
impedir a transmissão materno-fetal do vírus, e apresentam uma série de dificuldades para
realizar o aconselhamento. As relações superficiais e autoritárias norteadas pelo modelo de
atenção hegemônico refletem mecanismos de poder entre profissionais e usuárias,
dificultando o acolhimento e o vínculo e desconsiderando as especificidades das mulheres, o
que dificulta a identificação e o atendimento ampliado das suas necessidades, distanciado as
práticas de saúde da perspectiva da integralidade. |
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