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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
1,88
MB
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Título: |
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Aborto provocado: representações sociais de mulheres |
Autor: |
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Bárbara Angélica Gómez Perez
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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UFBA/ENFERMAGEM |
Área Conhecimento |
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ENFERMAGEM |
Nível |
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Mestrado
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Ano da Tese |
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2006 |
Acessos: |
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648 |
Resumo |
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Estudo descritivo e exploratório, com abordagem quali-quantitativa, fundamentado na Teoria
das Representações Sociais. A pesquisa teve como objeto de estudo as representações sociais
de mulheres sobre o aborto provocado e objetivo de analisar as representações sociais de
mulheres sobre o aborto provocado. Os sujeitos foram constituídos por 147 mulheres que
provocaram aborto e teve com locus uma maternidade pública, Salvador-BA. Utilizou-se
multimétodos: entrevista e Teste de Associação Livre de Palavras. Foram considerados os
aspectos éticos recomendados pela Resolução 196/96 do CNS. Os dados foram processados
através do Excel, do software EVOC 2000 e organizados em tabelas, gráficos e quadros,
sendo os dados qualitativos organizados com base na análise temática. Os sujeitos
caracterizam-se, predominantemente, por jovens, negras, de baixa escolaridade, dependentes
econômicamente do marido/companheiro; e que justificam a prática do aborto pela: situação
econômica, violência doméstica, idade jovem e pelo fato de atrapalhar planos para o futuro.
O estudo mostrou também uma associação entre a vivência de violência doméstica e o aborto
provocado, inclusive histórias de violência na gestação atual. O adoecimento físico e
psicológico também foi encontrado, mostrando que a experiência do aborto está associada ao
estresse pós-traumático. A estrutura das representações acerca do aborto provocado encontrase
sustentada pelos elementos do núcleo central que qualificam o ato do aborto provocado
(crime e pecado), motivam a prática do ato (coragem e situação-de-cada-uma) e expressam as
conseqüências da realização do aborto (dor, arrependimento, culpa, morte e tristeza) e pelos
elementos do núcleo periférico (remédio, preconceito, maldade, fraca, raiva e difícil). Os
temas das entrevistas qualitativas foram os mesmos encontrados na estrutura das
representações sociais. Conclui-se que o abortamento é vivido de forma sofrida e solitária,
pois é a mulher que decide pelo aborto, administra a medicação... É ela que coloca o dedo
no gatilho, o que para a maioria é uma experiência de profundo sofrimento e tristeza. O
estudo aponta também para a necessidade de projetos de intervenções, no sentido de
articulação entre a formação acadêmica, os serviços de saúde e as políticas públicas para o
atendimento às mulheres em situação de abortamento e violência doméstica, observando as
questões de gênero. |
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