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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
1,92
MB
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Título: |
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Vulnerabilidade de mulheres interioranas soropositivas à infecção pelo HIV/AIDS |
Autor: |
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Ninalva de Andrade Santos
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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UFBA/ENFERMAGEM |
Área Conhecimento |
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ENFERMAGEM |
Nível |
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Mestrado
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Ano da Tese |
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2007 |
Acessos: |
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509 |
Resumo |
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A Síndrome da Deficiência Imunológica Adquirida (AIDS) foi inicialmente considerada
fenômeno masculino, já que os homens que faziam sexo com homens (HSH) representavam a
categoria de exposição dominante. Atualmente a expansão entre as mulheres constitui
importante aspecto da transição epidemiológica. O estudo buscou analisar a vulnerabilidade
de mulheres interioranas à infecção pelo HIV/aids; identificar se as variáveis sexo e raça/cor
influenciam na vulnerabilidade de mulheres do interior à infecção pelo HIV/aids; apreender as
Representações Sociais de mulheres do interior à infecção pelo HIV/aids. Trata-se de estudo
com abordagem multimétodos, do tipo descritivo e exploratório, cujos eixos teóricos foram a
Teoria das Representações Sociais de Moscovici, gênero e conceito de vulnerabilidade. A
pesquisa foi realizada em Jequié-BA. Participaram do estudo 25 mulheres, entre 22 e 77 anos,
portadoras do HIV/aids, cadastradas em um centro de referência para tratamento de DST/aids,
entre agosto e outubro/2006. A coleta dos dados foi realizada através de análise documental,
entrevistas semi-estruturadas e Teste de Associação Livre de Palavras TALP, que teve como
estímulos indutores: aids, HIV, sexo, sexualidade e vulnerabilidade feminina à infecção pelo
HIV/aids. Os dados obtidos pelo TALP foram submetidos à Análise Fatorial de
Correspondência
AFC, obtida através do software Tri-deux-Mots, sendo as entrevistas
submetidas à análise temática do conteúdo. Os resultados da AFC demonstraram significância
para as variáveis fixas raça/cor e religião. Para as católicas brancas a aids foi representada
como preconceito e prevenção, o que evidencia o aspecto profilático e de exclusão social;
para as evangélicas brancas emergiram as representações de doença e morte, caracterizando
o aspecto biológico que no contexto da religiosidade é apontada como castigo, devido aos
comportamentos desviantes . As Representações Sociais do HIV apreendidas entre as
católicas foram (aids e sexo com condom) e entre as evangélicas (morte, medo e cuidado),
associando, respectivamente, a noção biológica e sentimentos de temor e proteção frente ao
agravo. A AFC fez emergir representações positivas e similares, evocadas pelos grupos sobre
sexo: prazer, cuidado, desejo, bom e prevenção. Quanto à vulnerabilidade feminina à
infecção pelo HIV/aids, foram retratadas as palavras: confiança, infidelidade, sexo sem
condom, desinformação e promiscuidade (católicas brancas e negras); infidelidade e
transfusão de sangue (evangélicas brancas e negras). As representações das evangélicas não
revelam similitudes com o conhecimento científico a respeito da temática. Observa-se que a
maioria possui conhecimento sobre a importância do uso do condom na prevenção do agravo,
embora tenham se contaminado em relação sexual desprotegida. O preconceito e a
discriminação constituem barreira à adesão ao tratamento adequado. As Representações
Sociais apreendidas para este grupo estudado explicitam a invisibilidade das vulnerabilidades
sociais e programáticas e das questões de gênero na dinâmica da infecção e apontam para uma
forte influência das doutrinas religiosas sobre o comportamento das pessoas nas questões de
ordem sexual e reprodutiva traduzida pelos conceitos de culpa e pecado que dificultam o
diálogo sobre sexualidade. |
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