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Título:  
  A humanização no pronto socorro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu sob a perspectiva dos profissionais de saúde
Autor:  
  Patricia Shirakawa Nakamoto   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UNESP/BOT/SAÚDE COLETIVA
Área Conhecimento  
  MEDICINA
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2007
Acessos:  
  1.868
Resumo  
  Os hospitais de ensino têm sido estimulados a transformarem-se em um serviço que recupere a dimensão essencial do cuidado: a relação entre humanos exaltada na Política Nacional de Humanização (PNH). O estudo da humanização no processo de desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS) é relevante e sua observação em um pronto socorro de hospital universitário pertinente; pois este funciona como um centro do sistema de saúde; atraindo para si uma enorme demanda; que muitas vezes sobrecarrega os seus serviços. O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HC-FMB) recebe pacientes de todos os níveis de complexidade; sendo o seu pronto socorro; uma das referências à DRS-VI para procedimentos de alta complexidade em urgência/emergência e um local de tensão e sobrecarga de atendimento. Este trabalho tem como objetivo analisar a humanização no Pronto Socorro do HC-FMB sob a perspectiva dos profissionais de saúde. Trata-se de uma pesquisa qualitativa em que foram entrevistados oito médicos; uma enfermeira e uma psicóloga; que refletem posições frente à realidade; momentos do desenvolvimento e da dinâmica social; preocupações e interesses próprios; característicos de uma pesquisa social da qual emergem contradições e conflitos do cotidiano de trabalho. A análise dos discursos permitiu a elaboração de núcleos temáticos sobre os quais são apresentados os resultados: a) Pronto Socorro e ambiência: espaço físico inadequado que compromete o atendimento e contrapõe-se ao conceito de ambiência proposto pelo Ministério de Saúde; b) Pronto Socorro e seus usuários: embora tenha havido uma reorganização da unidade que deixou de ser uma porta de entrada de livre acesso; o PS ainda atende a casos de baixa complexidade e pacientes de todos os níveis sociais; devido à carência de outros serviços de urgência na região; c) Pronto Socorro; espaço de assistência: a superlotação da unidade é justificada pela baixa resolutividade dos serviços de atenção primária e pelas percepções distintas de usuários e profissionais sobre o que é urgência e emergência; quanto ao relacionamento médico-paciente; há uma preocupação em escutar o doente e estar atento à linguagem não-verbal; no entanto; a relação é ainda muito assimétrica com concentração de poder e decisão nas mãos dos médicos; d) Pronto Socorro; espaço de trabalho e de ensino: a pressão e o estresse constantes; a sobrecarga de trabalho; a dificuldade em lidar com a morte; o sentimento de falta de reconhecimento por parte do HC-FMB poderiam ser suficientes para afastar os profissionais do serviço; no entanto; apesar de todos os problemas; há uma grande identificação com o trabalho no PS e uma satisfação em ensinar e acompanhar os alunos de medicina e residentes. Assim; o PS do HC-FMB pode ser identificado como um local de atendimento à saúde que recebe todos os tipos de problema; sem aparente organização ou conformidade à regionalização e hierarquização proposta pelo SUS e que acarreta também em dificuldades de relacionamento com os pacientes. Foi possível constatar que no cotidiano do trabalho os entrevistados; embora reconheçam a necessidade e importância da humanização do atendimento; eles mesmos; muitas vezes; sentem-se 'desumanizados'. Por fim; identificou-se entre os profissionais a percepção de uma desvalorização do trabalho no pronto socorro em relação à atividade em outras áreas do hospital.
     
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